quarta-feira, maio 22, 2013

Se eu te pego, ai!

As pessoas costumam estar arrumadinhas no ambiente de trabalho, já eu preciso estar sem sapatos, sandálias ou qualquer outra coisa que se assemelhe a calçado. É isso ou saio dando choque em todos os colegas da repartição. Se me atrevo a permanecer com os sapatos, lá se vai todo mundo para longe de mim, como se eu não tomasse banho há dias!



Porém, ainda há o risco de a qualquer hora dessas o SAMU ser acionado para realizar dois atendimentos: a mim e a quem vitimei. Constrangedor será ter de explicar o motivo: “Sou eu que dou choque, doutor.” Nada mais normal, afinal, os humanos são bem parecidos, por exemplo, com os interruptores, né?! 

      

No início era até interessante pensar: “sou a garota elétrica” (já que nunca consegui ser a “Mulher Maravilha”, um dos meus sonhos de infância), depois fiquei com medo da própria eletricidade. Sim, porque não é só o outro que sofre as consequências do choque, eu também. Devo sentir, nas pontas dos dedos, a mesma dor daqueles que tocam violão por horas seguidas.

      

Apertos de mão no local onde trabalho nem para o coordenador do setor, e só porque ele é bonzinho... Os choques bem que poderiam ter surgido desde o meu primeiro emprego, seriam uma poderosa arma de vingança contra chefes fanfarrões. Abraços?! Esses nem pensar. Então, fico me imaginando se ainda estiver por lá no meu próximo aniversário, recebendo a dois ou três metros de distância os parabéns. Que abandono!

       

Ver na internet tudo quanto é coisa sobre esse fenômeno e achar depoimentos de pessoas tão anormais quanto eu tem sido algo além de passatempo, virou uma obsessão. Não é engraçado o tempo inteiro ter a Física contra você.


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